sábado, 27 de fevereiro de 2010

As vozes - outras vozes - outras vozes - outros textos e os sentidos

Lembrei de um livro que li em outros momentos e o pessoal da ECA encenou. Trata-se da  livro: Laços de R.D.LAING
Vou colocar um trecho aqui . Aguardo comentários sobre as  impressões do trecho transcrito abaixo:

"Eles estão jogando o jogo deles.
E eles estão jogando de não jogar um jogo.
Se eu lhes mostrar que os vejo tal qual eles estão,
quebrarei as regras do seu jogo
e receberei a sua punição.
O que eu devo, pois, é jogar o jogo deles,
o jogo de não ver o jogo que eles jogam."
             (R.D.LAING, Laços)

37 comentários:

  1. Oi Joana!

    Ao que parece o "jogo" de que se fala, ao menos, pode ser interpretado do ponto de vista da individualidade e da privacidade de cada um.

    Se o jogo é não ver o jogo do outro, e se o outro já joga assim, procedendo de outra forma, receberemos sua punição, por mera indiscrição.

    Note que o outro é bem discreto em sua conduta, pois "estão jogando de não jogar um jogo". Podemos entender que "estão apenas vivendo a sua vida".

    Parece que o que se quer é transmitir uma mensagem; que está um tanto camuflada pelo jogo de palavras; em que se aconselha a ser discreto com a própria conduta ("o que eu devo é jogar o jogo deles") e deixar de lado aquela curiosidade mal sã, e tão comum, e de que somos vítimas nós todos que habitamos um apartamento térreo. A intimidade do outro pertnce ao outro, em tudo na vida.

    Haja vizinho indiscreto!

    Abraço (),

    Lúcio

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  2. Lúcio,

    Gostei da sua leitura e você convidou-me para uma reflexão quando mencionou que "o outro é bem discreto em sua conduta". É possível defini-la como discrição, mas, também, a atitude do outro possibilita outras leituras que comprovam a individualidade do sujeito, pois para atingir determinados objetivos definidos pela vontade do "eu" faço o jogo de não jogar. Vejamos, se o sujeito tem determinados propósitos e há obstáculos para atingi-lo, ele cria determinadas estratégias para alcançá-los, estabelecendo um outro jogo. Dessa forma, temos um jogo (intenção individual) - outros sujeitos (ditam normas que influenciarão minha ação para atingir minha intenção) - crio uma performance (camuflando as normas que devo seguir) para conseguir atingir meu objetivo inicial - individual.
    Sei lá se confundi mais ou se consegui traduzir como estou vendo o jogo neste momento... é isso aí...
    abraços

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  3. olá, Joanaaa!!!
    demorei mas vim! rs sou aluna do 1º semestre de ondonto e a gente teve um papo bem bacana sobre interpretação e produção de texto
    (claro, ne?, afinal eh essa sua materia...)

    sabe o q mais gostei? do seu objetivo. ampliar nossa visão de texto. na verdade até q a gente tinha noçao, pq na verdade a gente faz uso sempre disso, mas nao sabiamos q essa visão poderia ser ensinada. Sabe aquele costume do "escrever" com ortografia correta; "ler" com fluencia (msm q vc nao entenda); decorar autores, obras classicas e estilos... enfim, coisas q na verdade só faremos uso como bagagem cultural, a nao ser q fossemos nos tornar profissionais de areas afins. Claro ser culto é tudo, e buscamos isso tmb, mas poder estudar a forma como realmente nos comunicamos é no minimo surpreendente, e com certeza nos fará muito mais conscientes d q a lingua é o q nos somos.

    vixi!! acho q falei um monte d abobrinha rss mas como nao vai dar tempo de eu revisar vou mandar assim msm..

    Fessôra, ate daki a pouco!!!!


    Vívian Amaral, 1º semestre - Odonto Unip

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  4. Oi Vivian,

    A prática tradicional fornece apenas a performance de uma ação sem reflexão... aquela coisa que você disse uma leitura sem entendimento. Acho que isso não ajuda nem em conseguir bagagem cultural. Fica tudo superficial. Vamos buscar a reflexão em nossas aulas e mudar o modo de olhar o texto...
    abraços

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  5. oie joana.
    Sou sua aluna de odonto do 1° semestre.
    Ah sua aula, foi de bastante aproveito,apesar que ficou um pouco confusa para nós rsrs, mais aos poucos conseguimos compreender tudo o que vc tem para dizer...
    Bom vou ficando por aqui, e até mais tarde rsrsrs.
    abraços.
    Vinívia

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  6. Todos damos conta, espontaneamente do que se passa no nosso mundo interior. Temos, dos fenômenos que se dão nesse mundo interior, um conhecimento imediato, global e confuso, conhecimento que é, ao mesmo tempo, transitório e desinteressado. Transitório, porque tem a duração do próprimo fenômeno e desinteressado, porque não nos preocupamos, nem com a sua análise, nem com a sua observação na memória.

    A esse aspecto do conhecimento do que se passa no nosso mundo interior, dá-se o nome de "consciência espontânea".

    O conhecimento global e confuso a que nos referimos pode transformar-se num conhecimento mais pormenosrizado, distinto. O espírito, por assim dizer, desdobra-se no sujeito que conhece e no objeto a conhecer. O sujeito então análisa, reflete, e o que a princípio era confuso e global, torna-se claro e distinto.

    Essa REFLEXÃO e análise exigem certa duração e servem-se da atenção da memória. É o que chamamos "consciência REFLEXIVA".

    (Prof. Antonio Lopes; Prof. Alberto Montalvão)

    Então nas suas aulas a Consciência REFLEXIVA terá que ser ativava. Certo?
    Abraço.*

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  7. Olá Antonio e Alberto,

    Certo, a idéia é nas aulas ativar a consciência reflexiva. Sair de um sujeito passivo (com voz oprimida) e possibilitar as condições para a construção de um sujeito ativo, participativo, crítico e reflexivo. É fundamental na prática pedagógica.
    A consciência ou ação reflexiva abre o caminho para a incompletude do texto, para a compreensão dos elementos que "interferem" na construção do sentido dos textos construídos em uma determinada prática social.
    Ao aspecto denominado por "consciência espontânea" conforme vocês colocaram levou-me a pensar um pouco na tríade do Peirce, mas não consigo no momento dizer se está relacionado ao interior, penso que ao exterior ao contato com o signo...Depois quando vocês dizem que "o sujeito então analisa, reflete, e o que a princípio era confuso e global, torna-se claro e distinto", acrescentaria (mas não permanente/a clareza não é definitiva - se é que existe!!!), pois o sujeito situado no mundo e em contato com outras interações, outros conhecimentos, outras experiências, aquilo que era claro toma outras reconfigurações e vão construindo outros sentidos (incompletude do signo). Há uma série de fatores na construção dos sentidos que o sentido único/claro/distinto é momentâneo ou "inexiste" (dialogismo em Bakhtin) já que os sentidos transformam-se nas relações e interações sociais....
    Então, coloquei o ingrediente social na constituição desse mundo interior. O que vocês acham? Delirei muito rsss!!!...
    Abraços

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  8. olah... sou Helzir Ramon, aluno de Psicologia 1° semestre. Lendo o seu post lembrei do Big Brother, apesar de não assistir (e não assito mesmo) vi a imagem dos participantes vivendo um jogo onde eles criam a regra de não jogar... trazendo para o contexto da sua disciplina, eles dentro daquela casa tem que fazer uma leitura deles proprios e dos demais participantes sem ter a leitura do contexto, que eu creio que são os telespectadores que estão assistindo e votando.

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  9. Helzir,

    É por aí, mas o contexto não está somente fora da ação... na própria ação dos sujeitos há o contexto envolvido. Os jogos de interesses envolvidos. Em uma relação de diálogo (envolvendo materialmente ou não outros sujeitos) não temos como ter consciência do que se passa na idéia/intenção do outro. Lembre-se dos aspectos históricos, ideológicos e outros que mencionamos e determinam a ação dos sujeitos socialmente.
    abraços

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  10. Olá

    Sim, CLARO* é um termo mto ingessado, imóvel, e não combina com a função reflexiva, que se quer buscar no âmbito pedagógico.

    E concordo com a sua percepção do que constitui esse mundo interior portanto, e a consciência é o agente de adaptação do indivíduo ao meio. Em qualquer situação nova, produz um trabalho de seleção e de síntese dos elementos adequados.

    A essa possibilidade de selecionar e de sintetizar, dá-se o nome de "TENSÃO PSÍQUICA".

    Pelo que acabamos de expor, verificamos que a vida psíquica do homem se enriquece e aperfeiçoa por influência do meio em que vive. A experiência de todos os dias que a vida proporciona, vai acumulando fatos que a consciência reflexiva coordena e associa formando uma síntese cada vez mais rica e complexa. Essa síntese, variáveis de indivíduo para indivíduo é um dos fatores que concorrem para a formação da personalidade. Constitui a"experiência passada".

    A faculdade de agregação, porém, pode perder-se e conduzir o indivíduo ao desdobramento da personalidade, isto é, à formação no mesmo indivíduo, de duas sínteses diferentes, de duas personalidades diferentes.


    (Prof. Antonio Lopes; Prof. Alberto Montalvão)

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  11. Rsrsss..

    Olha, percebemos que terá que trabalhar mto a ação reflexiva em sua turma, para contornar esses vícios pertinentes.

    Um escafandro intelecual é quem se preocupa em citar que não assiste Big Brother.. É típico, como você pode opinar ou fazer relações sobre algo, que é então desconhecido? Se você não assiste, consequentemente não pode englobar opiniões sobre. Pois contexto não é algo tão estático.

    Expandir a mente. ("if the doors of perception were cleansed, every thing would appear to man as it is, infinite..." william blake).

    A sorte, é que esses alunos não precisarão de Peyote do velho Jimbo e tribos* ou qualquer tipo de alucinógeno, porque tem uma grande profissional a vos orientar.
    > Rsrsss.<

    Beijos e abraços.

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  12. Oi joana!

    Entendi que o jogo seje cada um no seu dia-a-dia mesmo, a privacidade em geral que cada individuo preserva, e não permite que seja quebrada...

    bjo! Margarete 1° semestre psicologia

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  13. Antonio e Alberto,

    O ponto central do nosso diálogo foi encontrado rsss (experiência, vivência - fatores que concorrem para a formação do indivíduo) rsss...
    Estou adorando!!!!

    Agora, há sempre um discurso do senso comum (aparência/superficialidade) que o professor tem que trabalhar rsss e não só com alunos iniciantes no Ensino Superior, mas com profissionais muito bem qualificados...

    Nossa sociedade, ainda, está muito pautada nas coisas da aparência, da superficialidade.
    Primeiro, propiciar a reflexão na sala de aula é um passo para desvelar os discursos e crescermos no diálogo. Quando opina sobre algo que diz desconhecer, abre espaço para refletirmos sobre nossa fala, nossa participação na sociedade, sendo alunos de primeiro ano de curso superior, acho fantástico que essas vozes apareçam para contribuir no crescimento desses meus queridos alunos.
    Agora, há casos inacreditáveis rsss
    Pessoas com muitas titulações falarem que não assistem bigbrother ou outros programas da rede nacional, pois são globais o que interessa é canal e reportagem Internacional. Como sou global se nego e desconheço o local!!! Aí a coisa complica e o desafio é maior para a desconstrução desse tipo de discurso...
    Estou adorando o nosso diálogo e a participação de vocês
    bjs

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  14. Margarete,
    É uma leitura possível. Talvez a leitura do texto do Laing chegue a isso... Fica a curiosidade e o convite a leitura de Laços...
    bjs

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  15. olah novamente... sou eu o Helzir...
    não poderia deixar de escrever sobre um comentário que foi feito sobre a minha opinião... creio que para uma interpretação de texto bem feita, além da leitura do contexto é necessário a leitura do próprio texto, sendo assim, a conjugação dos verbos é fundamental. escrevi em meu comentário: "Lendo o seu post lembrei do Big Brother, apesar de não assistir (e não assisto mesmo)e alguém bem intelectual comentou:"Um escafandro intelecual é quem se preocupa em citar que não assiste Big Brother.. É típico, como você pode opinar ou fazer relações sobre algo, que é então desconhecido? Se você não assiste, consequentemente não pode englobar opiniões sobre. Pois contexto não é algo tão estático."
    O verbo assistir está no presente, isso não significa que eu nunca assistir, sendo assim creio que eu tenho total direito de opinar, ate porque eu não especifiquei qual big brother eu estava mencionando em meu comentário pois pelo que eu sei o que está sendo transmitido no presente já é o décimo. Fico grato pelo espaço aberto e se tem algo que concordo com ele, é que temos uma excelente profissional a nos ensinar.

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  16. Helzir,

    O espaço é para isso mesmo. O debate, o diálogo, a reflexão. Estamos exercitando nossa ação na construção do conhecimento. Na aula que tive hoje, em outra turma, discutimos sobre isso. Se você verificar - comentei sobre a questão do
    senso comum -. Há uma intertextualidade (outras vozes)que constituem os textos e são "bem evidentes" nos programas televisivos. Um modelo padronizado (como no caso do Big Brother) que cria uma formação de idéia do programa em geral e não (daquele programa específico) como você mencionou. E pelo que entendi, sua opinião passou exatamente por essa idéia. O que esse tipo de modelo de programa desperta (senso comum) e buscou correlacioná-lo com a questão do contexto e do jogo que discutimos. Lógico, que TODO TEXTO dá margens a possibilidades de leituras e não única leitura. Então, é isso... Cada um faz a leitura do lugar em que se encontra e, com isso, possibilita a réplica - está aberto o debate para trazermos outros elementos ao contexto da interpretação e possibilita em nossa prática social exercitarmos nosso poder de persuasão por meio dos argumentos apresentados em nossa linguagem.

    Em resumo, tá bem legal esse debate. É isso aí!!!
    Vamos opinando, vendo como somos lidos, refletirmos e construindo outras opiniões e réplicas no USO da língua como forma de expressão de nossas idéias...Aí atingimos o nosso primeiro tópico do conteúdo que há no nosso plano de aula "conscientização da leitura como fonte de conhecimento e participação na sociedade". Será que me fiz entender rsss

    Valeu, conto com você sempre na construção deste debate e só há uma boa profissional para ensinar quando se tem ALUNOS PARTICIPATIVOS COMO VOCÊ. Conto contigo nesse processo!!!
    abraços

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  17. Assim que bati o olho nesse trecho soube que se tratava da *famigerada polêmica do Big Brother. Bem, não me enquadro na parte do "escafandro intelectual", pois faço parte de um blog sobre o BBB. Até gostaria, parece imponente, vovó que não faz a mínima idéia do que é um escafandro ficaria orgulhosíssima. Talvez ache melhor que entrar na ABL depois do Paulo Coelho. Nem vovó gosta dele.

    Sobre a relação do texto com o big brother, acho que é muito mais do que respeito a individualidade e privacidade. É também uma relação de conveniência. Jogar de não jogar na minha opinião não é viver a sua vida. É manipular a imagem que você passa a fim de conseguir algo. Aquele que joga de não jogar, para um espectador desatento é o "rapaz do coração bão", o grande favorito a levar o milhão. A partir do momento que você expõe que percebeu que é um jogo, que você acusa alguém de estar usando uma máscara você se torna o vilão. Sai com 90% de rejeição e se tiver celulites não tem chance de ganhar dinheiro nem na Playboy. Oras, por um milhão você não faria vista grossa? Você não fingiria que acredita que o amor brota do coração das pessoas em dois dias e acredita PORQUE VOCÊ TAMBÉM AMA TODO MUNDO e tem muito amor no coração porque é uma pessoa boa?

    E não é só por um milhão que jogamos o jogo de não jogar alheio. As vezes fazemos por motivos beeem menores. Quem se despiu de todas as suas máscaras e relações parasitas que atire a primeira pedra.

    Ver ou não big brother, negar isso com veemencia ou não, bem, não vejo novela, mas se quiser dou um resumo da ópera. Tem o vilão, se dá bem no primeiro mês, a mocinha chora pencas, mas no final se dá bem, fica com o mocinho, a vilã, que obviamente é ambiciosa fica pobre e se lasca toda. Não preciso acompanhar todas as novelas ou pelo menos uma inteira pra saber o que se passa. Além de ser previsível. Bem, tenho minha opinião formada sobre novelas, não vejo porque o Helzir não poderia ter um sobre Big Brother. Além de ser previsível é só um dejavú de todos os outros, 15 humanos tentando vestir a carapuça de mocinhos sem nenhuma noção do que tão fazendo. Parecido com o comportamento de tanta gente aqui no "mundo real". Se não bastasse isso ainda é notícia em todos os portais de notícias da internet, assunto de fila de banco, do trabalho, da vizinha e etc.

    Me desculpe por escrever demais e me perder no meio das minhas próprias palavras. E olha que nem estou "sob o efeito profundo do peyote", deve ser porque nem curto muito a Cabala, acho que ficou demodé depois da Madonna.

    Vem cá, alguém aí me responde no que essa galera se formou? Tô muito a fim de fazer esse curso pra ser dona da verdade e conhecedora absoluta de todas as coisas. É diploma? Ou só a Cabala basta?

    Se o Sr. Alberto ou o Sr. Antonio quiserem me dar alguma informação eu pago bem.

    Grata desde já

    Camila.

    PS: Parabéns profy, texto ótimo, vou terminar de ler o blog assim que conseguir me desprender desse post. E bom ano letivo aos alunos que postaram aqui.

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  18. Camila,
    Madame TPM rsss!!! Dei uma olhada no seu blog... tira o ódio do coração (título do seu blog) e reative-o rssss
    Legal, a relação que você fez com o percurso narrativo das novelas. O esquema previsível desses gêneros.
    Bem interativo e ativo conseguiremos ter um bom ano letivo, esperamos!!!
    bjs

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  19. Oi Joana, como deu pra perceber não desgrudei o olho daqui. Esse blog é antiiiigo, não tenho mais ninguém pra falar mal no blog, então abandonei e agora só atormento os outros pelo orkut e nos blogs que posto como convidada por aí apesar do português às vezes sofrível. Tenho cá minhas pretensões jornalísticas (herança do Bené, um grande professor da UNIP). Mas não se preocupe que próxima aula de pedagogia (sexta) estarei lá, eu e meu topete (sentido literal e figurado).

    Posso aproveitar o espaço pra puxar saco? Pelo nick e a postagem dá pra pereber que elogios não são o meu forte. Bem, é meu segundo dia de aula na UNIP no curso de pedagogia (sou uma eterna insatisfeita com os meus cursos) e você mudou a minha visão inteira dos professores e métodos de ensino da Universidade Paulista, achava que (tirando o Bené e o Bervig) eram todos despreparados, a cara da mão de obra barata. Parabéns pela sua didática, pelo seu humor e pela iniciativa do blog.

    Agora estou indo tomar minha cerveja porque o BBB acabou e também sou filha de Deus (ou não).

    E ainda me livrou da rehab, já que de acordo com o professor ali de cima seus alunos não precisam de alucinógenos. Alcool pode, querido?

    Amy Winehouse manda beijos a todos.

    PS: O rapaz da xerox se encolheu quando fui tirar a cópia dos seus textos. Perguntou 50 vezes se era o certo mesmo. A máquina até quebrou (quando chegou na minha vez, claro, Murphy tem uma certa fixação na minha pessoa).

    Bom fim de semana a todos.

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  20. Ahhh então a pressão deu certo. Desci enlouquecida para organizar o atendimento aos meus alunos rsss!!!
    Então boa diversão para você, pois eu estou aqui me divertindo na pesquisa de um texto sobre o Yasser Arafat (período da morte dele - descobri a data 11/11/2004. Agora, preciso das manchetes da época que pré-anunciavam a morte dele. Tudo isso, para completar minha análise daquele texto AINDA NÃO! que comentei em sala...
    bjs

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  21. Olá Joana, boa noite a todos!

    Parece que R.D Laing, agora, virou digressão.

    Retomemos o texto e respectivas contribuições ao seu entendimento.

    Para mim, o texto fala de individualidade - entre outras coisas.

    Joana apresentou uma interpretação estruturada do contexto baseada em sua visão pragmática da vida e de suas relações.

    Antônio e Alberto discutem sob o ponto de vista analítico do mundo interior e dificuldades de transformá-lo em conhecimento fáctil.

    Helzir trouxe ao debate uma leitura de R.D. Laing num programa da TV Globo; e, parece, é isso que temos, relativo ao texto, que traz alguma contribuição ao seu ao seu entendimento.

    Todas essas contribuições vejo como relativas, posto que minha própria interpretação, por exemplo, conforma-se com fatos relativos à minha vizinhança; Joana com sua visão prática e "desinteressada" da vida; Antônio e Alberto relacionam com sua área de interesse - possivelmente a psicanálise e Helzir, mais próximo de mim, relaciona (o texto) a fatos do cotidiano; o próprio autor, por sua vez, quis dizer algo. Que algo é esse?

    Ora, para mim, trata-se de um texto aberto As interpretações são livres. Vejo que cada um viu o texto ao seu próprio modo. No entanto; não querendo ser reducionista; percebo que o texto de certo modo lê seus próprios interpretes antes mesmo que ser interpretado.

    Esse é o lado psicanalista de R.D. Laind, aliás, ofício do nobre autor!

    Interpretar é uma tarefa complexa. Tiremos isso do texto e levemos para a vida.

    Beijo e abraço para todos.

    Lúcio

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  22. Olá Lúcio,
    Boa noite!!!

    Que poder de síntese!!! Admirável! E, também remeteu as várias possibilidades de leitura de um texto. Talvez, seja o momento de explorarmos o resto do texto de Laing.... pois não é um fragmento, correto!!! Então, segue o convite. Ler o livro Laços de R.D. Laing... é ótimo!!!
    bjs

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  23. Olá.

    Pois bem, bela ação reflexiva.

    Olha, comprovado que crítica nos faz ativar a ação reflexiva, e a opção de ser crítico também..(fizemos de caso pensado meu bom Helzir)

    Você provavelmente leu o seu post novamente, digeriu, pensou no que você poderia ter colocado em seu post de "errado", para que fosse atacado, e construiu uma argumentação..

    Caminho certo pessoal!

    Ah, e quanto a vc Camila, BOA TARDE! Boas aulas.

    Obrigado Profª Ormundo pelo espaço.. E estaremos sempre aqui a discutir.

    (Prof. Antonio Lopes; Prof. Alberto Montalvão)

    Abraços.

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  24. Profª Joana,

    A senhora é muito amável.

    Esse pequeno texto de R.D. Laing levou a reflexões (diversas) muito interessantes que não só acrescem e esclarecem, mais que isso: instruem.

    Qualquer um que se proponha a lê-lo e aos comentários que seguem terá já bastante material para reflexão.

    Ah! É bom ouvir que "a opção de ser crítico também nos faz ativar a ação reflexiva". Bom tê-los de volta.

    Lúcio

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  25. Olá Antonio e Alberto,
    E contamos sempre com a participação de vocês. O espaço é exatamente esse... debate e reflexões e ações.

    abraços

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  26. Lúcio,
    Como sempre, captando direitinho o Discurso de nossas reflexões em sala... Muito bom mesmo!!! Conto com isso e logo, logo os nossos parceiros rsss comprarão a idéia de sujeitos ATIVOS rsss... Você traduziu bem as reflexões da aula de ontem.
    bjs

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  27. Esse jogo, ao meu parecer, uma comunicação sutilmente embaralhada de "digo o que queres ouvir mas ouço o que não queres dizer e não me diga o que eu disse mas diga o que não queres dizer" que pode ser interpretada de várias maneiras, levando o emissor e o receptor a um caminho infinito com várias curvas, parecendo não se cruzarem, a não ser que um quebre uma regra ou crie uma de verdade, suplicando por uma clareza, uma coerência que os levará para um caminho certo, ou um ponto em comum. Mas qual seria a diversão dessa viagem?
    Um pode tapar os ouvidos e berrar o quanto quiser, mas o jogo nunca acaba enquanto outro estiver ouvindo!! É uma estrada muito, muito longa. :)

    Devo ler "Laços" na íntegra. Thx pela dica, Joana!

    Ass.: Carla

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  28. Com esses discursos estamos construindo LAÇOS sociais que são tecidos e estruturados pela linguagem. O autor deste texto quer nos levar a refletir como nos relacionamos socialmente, se estamos respeitando o espaço e a invidualidade do nosso “vizinho”, como relatou nosso amigo Lúcio.

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  29. Se na definição da regra do jogo todos os elementos estão dados, você poderá decidir participar ou não.
    Agora, se há elementos que faltam - não são disponibilizados. Então, não estão jogando de forma ética. Esse tipo de ação é muito típica das Instituições Públicas no Brasil. Herança de uma elite que joga de acordo com seus interesses pessoais e de seu grupo. Há vários exemplos desse tipo de comportamento, tanto na mídia como na vida cotidiana (pessoal, profissional), nos órgãos governamentais e não governamentais...
    É lamentável!!!

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  30. Olá! Sou o Tiago, 21, aluno do 1º semestre de Psicologia da UNIP-DF, conhecido pelos delírios a respeito de interpretações. Resolvi compartilha-los tendo em vista o imenso prazer que este post me deu.

    Acredito que o texto fala de uma relação de poder. “ELES” representa a classe dominante, que muitas vezes não se trata de uma divisão de casta sócio-econômica. Como podemos perceber às vezes pode ser também uma variação intelectual, além de outras. Posso chamá-los de OS PODEROSOS? Através da leitura de “O príncipe”, de Maquiavel, e “A arte da Guerra”, de Sun Tzu, entendi (ou não) que o poder nada mais é que o resultado positivo de um imenso jogo de estratégias. O poder, seja político ou não, é algo extremamente elitizado (até mesmo por que não é interessante dividir “a fatia do bolo”... Não é mesmo?). Se as estratégias forem descobertas certamente influenciará negativamente o resultado. Suponhamos que apareça um indivíduo, curioso de mais, e descobre o “esquema”. Ele estará, automaticamente, se sujeitando a intervenção dos poderosos.

    Exemplo 01:

    No caso de um político honesto (ou pseudo-honesto) que se vê no meio da corrupção e decide denunciar, sofrerá perseguição política. Ele será “obrigado” pela situação a jogar o jogo de não ver o jogo dos poderosos.

    Exemplo 02:

    Suponhamos que exista a seguinte situação: Numa determinada universidade (que não é a Paulista, rs) o Professor “X” não têm preparação suficiente para transmitir seus conhecimentos aos alunos (didática) e para que não tenha maiores problemas (como avaliação do seu método de ensino, por parte dos estudantes universitários) diminui a dificuldade de suas avaliações a fim de obter maior índice de alunos aprovados. Se um dos alunos resolve intervir, não somente poderá ser “marcado” pelo professor como pelos próprios “colegas” de turma (os que não focam como objetivo a qualidade de ensino e sim um diploma). Não jogou o jogo de não ver o jogo e “se ferrou”.


    Bom... Espero não ter “viajado muito na maionese” tendo em vista que AINDA não li o livro.
    A propósito, adorei as postagens (todas, sem exceção). Ampliar a visão é um processo, normalmente, lento e podemos dar uma acelerada com toda esta interação.

    Parabéns professora Joana!!
    Abraço a todos!

    Tiago

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  31. Você trouxe um componente novo para nossa discussão, trata-se da relação de PODER. As relações sociais estão carregadas por ações de sujeitos que defendem seus interesses em um determinado grupo social. Os exemplos que você colocou mostram bem isso.
    O que poderá contribuir para uma reflexão consciente de como o jogo de poder ocorre nas Instituições e na vida cotidiana é o debate sobre a ÉTICA.
    Outro procedimento é usar as novas ferramentas da Internet e por meio das MÍDIAS SOCIAIS (ORKUT, BLOG, FACEBOOK,TWITEER e outras) denunciar situações em que o jogo é mascarado por interesses de determinado grupo social.
    Nas aulas, buscamos isso... desvelar as questões sociais e buscarmos a reflexão sobre os discursos que estão orientando determinadas ações.
    Na próxima aula, vou discutir com vocês sobre Mídia Tradicional e Mídia Social - como um fato/evento é transformado em Acontecimento/Notícia por meio da voz da mídia e como a população, as Instituições Governamentais e Não Governamentais compram a idéia vendida da mídia e a reproduzem sem uma reflexão crítica maior...
    Os seus exemplos são ótimos para isso. Também abordarei vários exemplos do que acontece na sociedade em geral para dialogarmos sobre isso, ok!!!
    Vamos lá!!!

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  32. sem dúvida a aula de hoje foi 100%. É sempre bom entender as coisas olhando por ângulos diferentes............análisar mais profundamente os fatos antes de julgar e não se deixar levar pelo pensamento comum/coletivo.


    Patrícia de Jesus
    Pedagogia 1° semestre

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  33. Professora, adorei sua discusão sobre o "caso Nardone",Nao devemos entrar na onda da midia,pois nao sabemos a verdadeira face da historia. Esse caso é um exemplo para nòs brasileiros abrir os olhos para o sensinalismo. nao devemos nos igualar a masa; e sim sermos um grupo critico, mente, aberta de olho nas ideologias da midia.

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  34. Pcaptor e Deby,
    Legal, já estarem discutindo sobre nosso papo de hoje. Abri um tópico novo para isso... Depois passem por lá, também..
    bjs

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  35. Professora Joana,

    Gostei muito da última aula, e só hoje pude entrar e comentar, o que falamos a respeito da voz da mídia, e quando parei pra pensar realmente é isso mesmo, muito engraçado..rsrs.

    O papel da mídia é ser a voz de nos cidadões, ela passa aquilo que muitas vezes a gente não vê, e por isso acreditamos ou não, mas esse é o papel dela, e cada um é livre para pensar o que é o certo.

    E a última aula nos mostrou isso, ou pelo menos para mim..rsrsrs, que não devemos crer 100% em tudo que lemos em jornais , revistas, cada um, assim como a propria midia, tem um metodo de ver os fatos, e nem porque esta escrito vai ser a verdade.

    Bom, acho que é isso..rsrsrs.. Foi uma aula bastante proveitosa!!!

    Beijos

    Aliane Susan
    Pedagogia 1° Semestre (Manhã)

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