sábado, 17 de abril de 2010

Espaço para dialogar sobre a palestra no evento de sexta-feira. A MULTIMODALIDADE E O SENTIDO NAS MÍDIAS SOCIAIS

Pessoal,

Abro espaço para conversarmos sobre o nosso encontro de sexta-feira - 16/04/2010 -


        A Multimodalidade e o Sentido nas Mídias Sociais


Abraços

8 comentários:

  1. Boa noite profª Joana, boa noite colegas!

    Chamou atenção a crítica feita pela Denise Macedo à "era da informação". Segundo a palestrante o índice de credibilidade das informações veiculadas na internet, é baixo.

    Eu diria que a internet é um meio heterogêneo em termos de qualidade e de credibilidade da informação.

    Na internet encontramos de teses de doutorado a todo tipo de coisa útil e inútil. Isso porque o público é amplo. Essa é uma necessidade comercial (o público) e isso (essa necessidade comercial) é que impõe sua popularização, não o contrário. Por isso será sempre heterogênea.

    Esse raciocínio lembra dos motivos que levaram a Inglaterra a ser um dos maiores defensores da libertação dos escravos no século XIX. As necessidades comerciais, em razão dos excessos de produção devidos à Revolução Industrial, impunham a ampliação dos mercados consumidores.

    A ideologia que subjaz a esse "movimento social" chama-se CAPITALISMO. Não foi produto da bondade humana, foi uma imposição de mercado.

    A heterogeneidade de público é uma necessidade comercial à viabilização da internet. Essa democratização do acesso à informação é decorrência e não motivo. O impulso que leva à mudança não tem caráter social, mas econômico.

    Os meios de comunicação de massa em geral têm pouco valor na formação intelectual do indivíduo. Veja-se o rádio, a televisão e também, embora secundariamente, as revistas e os jornais.

    Daí a incitação e o convite feito pela palestrante à leitura dos clássicos.

    Abraço a todos, em especial à profª Joana,

    Lúcio

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  2. Lúcio,

    Dizer que não há nada de bom na internet é o discurso do senso comum e da superficialidade. Acontece que, o primeiro contato com coisa "novas" conduz a opinião do senso comum e dá indícios de linguagem convidando-nos a refletir sobre o assunto.
    A Internet, inicialmente, e ainda hoje tem sido atacada quanto à fragmentação e às questões de linguagem, principalmente, pela voz da mídia ou pelos sujeitos que vão falar sobre ela na mídia em geral.
    Ao dizer que não há nada de bom na Internet, o sujeito traduz um discurso superficial, pois em todos os lugares tanto na internet ou fora dela, encontramos coisas aproveitáveis ou não.

    A questão é a ATITUDE. Então, DEVEMOS desenvolver a CONSCIÊNCIA CRÍTICA, pois por meio dela é que teremos como nos posicionarmos diante das informações que recebemos. Se parto de uma idéia pré-concebida sobre determinado ambiente online ou não e/ou se reproduzo um discurso do senso comum - que está na mídia a toda hora - a todo momento de que a Internet atrapalha isso ou aquilo - só confirma um comportamento que necessita de reflexão.

    Você disse bem, há teses de doutorado, clássicos e outros tipos de informações tanto na INTERNET como FORA DELA. Então, a questão não é o ambiente. A questão é como me POSICIONO diante das práticas sociais online ou não.
    Por isso, precisamos discutir muito sobre as práticas de linguagem no campo linguístico online ou fora dele.

    Gosto muito de ler seus textos sobre nosso trabalho. Continue que me dá muito prazer.

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  3. Como é importante ter uma visão crítica sobre todos os assuntos, opiniões que chegam a nós. Eu vejo a internet como um meio democrático, onde qualquer pessoa pode expor suas concepções e cabe ao leitor interpretar e aceitar ou descartar a ideia. Proporciona um espaço de discussão amplo, como esse "nosso" blog!! E assim como em qualquer outro meio midiático há o que não é proveitoso e o que pode ser aproveitado integralmente.

    O exercício da reflexão deve ser praticado continuamente. E como ter consciência de que é preciso refletir a cerca do mundo é algo interessante de ser discutido.
    Será que as pessoas não praticam a habilidade de pensar com criticidade simplismente porque são acomodados? Aí eu acho que vem de uma questão cultural... A cultura de massa, a indústria capitalista manipula e trás informações com opiniões prontas para ninguém ter o "trabalho" de pensar.
    Nós que tivemos a oportunidade de "sair da caverna" somos privilegiados! Mas existem pessoas que nunca tiveram uma referência e uma orientação. Ainda hoje se vê professores tradicionalista, com um método de ensino antigo, que impõe ao aluno reproduzir conceito e não pensar, refletir, aplicar. Enfim, penso que é uma questão bacana de ser discutida.

    E pra terminar, acho que a gente tem um campo amplo e muito rico de informações e só saber utilizá-los da melhor forma.

    Bjinhoos, Prof!! (gostei muito da palestra!)

    Léia Borges Salazar- Psicologia 1ª Semestre

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  4. Léia,
    Amei tudo o que você disse. Fico feliz em ver comentários como o seu e o do Lúcio e de outros colegas, pois traduz exatamente o que buscamos no curso...Ampliar nossa visão sobre os discursos que circulam socialmente.
    Ah, AMEI MAIS AINDA QUANDO VOCÊ DISSE O NOSSO BLOG -
    é isso mesmo, o espaço é nosso e todos são convidados a participar. Tô adorando, não o abandone rsss
    bjs

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  5. Eu amei a palestra, só acho que as pessoas muito cultas e intelectuais deveriam pensar antes falar. Tinha pessoas na palestra de vários cursos,não só de letras,mas, de odontologia e etc...
    Dizer que o "Jornal hoje" só sabe ensinar como escovar os dentes ! Isso não é ruim, pelo contrário isso é promover educação em saúde.E quanto ao indivíduo que matou aquela moça, eu não acho que a culpa é da sociedade. Todo individuo tem livre arbítrio para escolher o que quer da sua vida, eu fui criada sem pai, sem mãe,sem carinho,sem amor e hoje eu tenho minha casa, meu carro,minha empresa e curso odontologia que é um dos cursos mais caros da faculdade. Isso para mim é uma vitória! Só não sou muito boa na matéria da professora Joana rsrs... por enquanto!
    Ferreira

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  6. Me parece que devemos relativizar mais as palavras, senão corremos o risco de sermos ofensivos.

    O que a palestrante quis dizer é que há outras questões - para ela - mais relevantes. Não houve a intenção de menosprezar a importância da educação em saúde.

    Para a palestrante o mais importante - me pareceu - é difundir a cultura e a instrução, pois é por meio delas que o indivíduo ascenderá social e intelectualmente.

    A preocupação da palestrante é de cunho político-social.

    Devemos ter cuidado na interpretação das palavras. Precisamos ver as coisas de forma ampla para não corrermos o risco de formarmos uma interpretação reducionista dos fatos, e pior, de subestimar a inteligência alheia.

    Com relação ao indivíduo que matou a moça penso que a culpa não é só dele, é da sociedade, também.

    Acredito que o homem é capaz de tudo. Depende das circunstâncias.

    É preciso ter muito cuidado com opiniões prontas, venham elas da mídia ou de dentro da nossa cabeça. A colega me pareceu um tanto dogmática.

    Olhe, ninguém nega, neste país, que a violência é um problema social. Tradução possível: o "modus operandi" da nossa sociedade está gerando violência, por isso, é um problema social.

    Esta é uma visão político-humanitária da questão e é desta forma que ela deve ser tratada.

    Entendemos o problema da favela no Rio ou da pobreza de modo geral não como um caso de polícia, mas como uma questão social. Daí a culpa da sociedade.

    Minha intenção não é dizer quem está certo ou quem está errado. Quis apresentar o que me pareceu ser o ponto de vista da palestrante que ajudou a formar o meu. Tudo depende de como você ouve ou, como diz nossa querida Joana Ormundo, das vozes que lhe formam a opinião.

    Abraço e beijo para todos,

    Lúcio

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  7. Concordo com o Lúcio,

    creio que a palestrante expôs uma ideia de que os meios mais propagados poderiam ser utilizados de uma forma mais produtiva. O exemplo que ela deu, pra mim, foi como uma imagem que compôs o texto. E poderia ter utilizado vários outros exemplos, o que não seria necessário já que com uma ou duas exemplicações a ideia ficou clara.

    Quanto ao filme, eu me lembro especificamente de uma explicação que recebeu muita ênfase da palestrante, foi quando ela diz que fez um estudo do caso e com esse estudo o DIRETOR do filme passou a ideia de que a sociedade tem a culpa do evento e ela disse que essa foi a visão do DIRETOR do filme, assim como podem haver outras concepções. Em nenhum momento, sobre filme, ela expôs as opiniões dela, pelo meu ver. E aí volta sempre àquele discurso de ouvir com criticidade, entender o contexto, pensar, refletir... Enfim, saber fazer a interpretação do texto, seja ele escrito, falado, musicado, pintado... e por aí vai!

    Beijos, coleguinhas!
    Beijos, Prof!

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  8. Tenho que concordar com a Joana.

    A internet é um meio de educação social.

    Se foi necessidade de mercado que impôs o acesso em massa ao mundo vitual, foi, também, a necessidade desse acesso que impôs a internet. Ou seja: vice e versa.

    Grande abraço a todos.

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